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Espaço de Ser — A morte e os sentimentos que a cercam

As psicólogas Marina Fernanda Soares e Thais Queiroz da Silva apresentaram, no dia 27 de novembro de 2019, palestra intitulada "Vamos falar sobre a morte e os sentimentos que a cercam?" no Espaço de Ser, programa do Hospital Regional José Alencar destinado a trazer maior qualidade de vida, autoconhecimento e oportunidade de reflexão aos colaboradores.


A palestra abordou diversos temas, dentre os quais a saúde mental dos profissionais da área da Saúde, a necessidade de dar um acolhimento de qualidade à família e o equilíbrio nas atividades cotidianas.



As palestrantes falaram sobre o tabu existente ao redor da questão da morte, o medo e as influências da religião e da cultura. Foi destacado como a morte passa a fazer parte do dia-a-dia dos profissionais da área hospitalar, bem como sobre a importância de não deixar que, em decorrência disso, surja a frieza como mecanismo de defesa: o profissional também pode sentir a morte; assim é possível, inclusive, dar um melhor suporte à família.


Foi apresentado vídeo destinado a promover a reflexão sobre como algumas pessoas, movidas por pensamentos diversos, perdem o foco daquilo que é mais importante na vida (como, por exemplo, a família) e, em virtude dos excessos, acabam perdendo a saúde no processo.



"O sofrimento no fim da vida é um desafio que se apresenta à Medicina nesta era tecnológica. O processo de morrer traz à tona a questão sobre qual aspecto da vida do paciente deve ser priorizado: a qualidade ou a quantidade de vida. A ideia de viver deveria estar condicionada à ideia de bem-estar, de bem-querer. Não basta ter uma boa Medicina para que se tenha uma boa morte. A boa morte deveria estar acompanhada por uma integração entre os princípios religiosos, morais e terapêuticos, dando àquele que está morrendo um cuidado respeitoso com suas crenças e valores. A boa morte deve garantir o sentido da vida e da existência, para que a morte seja um ato de cuidado. Quando o médico se priva de suas emoções, usando como escudo uma pretensa neutralidade científica, o paciente é, muitas vezes, transformado em objeto. Dessa forma, seu corpo passa a ser considerado um meio através do qual se podem observar fenômenos científicos. Ele, paciente, deixa de ser considerado sujeito de sua vida e de sua morte." (AZEVEDO, Nára Selaimen G.; ROCHA, Cristianne Famer; CARVALHO, Paulo Roberto Antonacci. O enfrentamento da morte e do morrer na formação de acadêmicos de Medicina. Rev. bras. educ. med., Rio de Janeiro, v. 35, n. 1, p. 37-43, mar. 2011).

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